Na primeira parte dessa série sobre Hackintosh, eu dei uma geral sobre o panorama, lhe colocando a posição da Apple a respeito desse procedimento e como ele vem sendo tratado pela justiça americana. Agora, iremos falar por onde começar a transformar em realidade o seu sonho de ter um computador ‘quase-Apple’ em casa.

Uma coisa que você precisa ficar bastante claro logo no início é que quanto mais compatível for o seu hardware, ou seja, quanto mais parecido ele for ao hardware ‘original’ que a Apple usa em seus equipamentos, maiores serão suas chances de ter um Hackintosh funcional, com boa performance e pouca dor de cabeça. Para tal, existem listas de compatibilidade (HCL em inglês), nas quais os grupos que estudam esse assunto, mantém atualizados os componentes que, em tese, são bons para se utilizar.

Antes de pensar em sair comprando os componentes ou até mesmo o seu PC pronto, veja atentamente a listagem, pois lá estão, de forma bem detalhada, o que é mais ou menos compatível, ou seja, o que pode rodar de pronto e o que pode rodar, mas com aplicação de patches, etc. (que são um verdadeiro pé no escroto). Um exemplo básico, para saber se uma certa placa-mãe da Asus é compatível, clique aqui e encontrará vários modelos compatíveis, bem como a versão de Hackintosh a instalar e se precisará de algum patche adicional ou se vai rodar ‘liso’ logo de cara.

Outra coisa que precisa ficar claro é que Hackintosh não é pra qualquer um, ou seja, quem não está disposto a ‘sujar as mãos’ e dedicar um tempinho, sem chances. Se você quer ter algo fácil, tirar da caixa e ligar, ter liberdade para fazer todos os updates da Apple assim que saem e outras facilidades, muito provavelmente você tem que comprar um computador legítimo (e pagar o preço compatível).

Quando eu comprei meu MacMini, ainda empolgado pelo meu iPhone, acabei pagando um preço muito bom e ainda parcelado em 12 vezes sem juros na Americanas (R$ 1.799,00 em dezembro de 2007). Hoje, infelizmente, com a alta do dólar e o lançamento da nova linha da Apple, os preços subiram bastante e não será fácil achar um MacMini ou iMac num preço tão atraente, o que reforça a idéia do Hackintosh, desde que, você tenha ciência do trabalho adicional que terá na escolha de componentes, instalação e upgrades para fazer essa economia.

Meu primeiro contato com Hackintosh foi quando comprei o netbook MSI Wind e começaram a aparecer várias notícias dizendo ser possível rodar o MacOS nele. Fiquei bastante curioso pois a essa altura eu já conhecia o sistema (que veio no MacMini). Muitas vezes as pessoas tem a curiosidade de rodar o sistema pela primeira vez e ver se é isso tudo que dizem, mas não foi o meu caso (como já disse, rodo ele no MacMini). Eu queria mesmo é ter todas as vantagens do MacOS num computador extremamente portátil e relativamente barato (menos de R$ 1.500,00).

Na ocasião em que comecei os testes no MSI Wind, ainda não existia driver para a placa WiFi e cheguei a comprar um adaptador USB. Porém, alguns meses depois, acabou ‘aparecendo’ o driver correto e hoje o netbook tem a opção WiFi ‘nativamente’, sem precisar de adaptadores ou acessórios.

Eu acabei dando uma grande sorte porque as características de hardware do Wind são extremamente favoráveis, ocupando a 2. posição dos netbooks mais compatíveis, atrás apenas do Dell Mini. O netbook da Dell, apesar de não ter um hardware tão bom quanto o da MSI (a meu ver, que fique claro, principalmente pelo espaço em disco), é o campeão de compatibilidade. Até onde eu li, chega ao ponto de poder instalar o Leopard diretamente do CD original da Apple, sem precisar de gambiarras.

Já sabendo que o Dell Mini e o MSI Wind são bem compatíveis com o MacOS, você já tem 2 boas opções de netbooks para comprar. Mas se o seu caso for um desktop, irei tentar montar 3 opções (básica, intermediária e avançada) para você com base na HCL e cotação de preços pelo Mercado Livre, ou seja, estará acessível a todos que queiram experimentar, não importa a região do país.
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